Itinerância da exposição "Guardar" do grupo de ceramistas Bando de Barro, que após permanecer no Jardim do Arquivo Público do Rio Grande do Sul será instalada no Jardim do Museu Histórico de Santa Catarina, em dezembro de 2010.

17 de maio de 2010

Cruz e Sousa

Qual é a cor da minha forma, do meu sentir?

Qual é a cor da tempestade de dilacerações que me abala?

Qual a dos meus sonhos e gritos?

Qual a dos meus desejos e febre?


16 de maio de 2010

O Poeta Cruz e Sousa

                                                                      

1861: Nasce João da Cruz, em Nossa Senhora do Desterro (hoje Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina), a 24 de Novembro. Filho de Guilherme da Cruz, mestre pedreiro, e Carolina Eva da Conceição, lavadeira, ambos negros e escravos, alforriados por seu senhor, o coronel Guilherme Xavier de Sousa. Do coronel, o menino João recebeu o último sobrenome e a proteção, tendo vivido em seu solar como filho de criação.
1869: Aos oito anos, recita versos seus em homenagem a seu protetor, que voltava, promovido a marechal, da Guerra do Paraguai.
1871: Matricula-se no Ateneu Provincial Catarinense, onde estudou até o fim de 1875, tendo aprendido francês, inglês, latim, grego, matemática e ciências naturais. Essa última disciplina fora-lhe ensinada pelo naturalista alemão Fritz Müller, amigo e colaborador de Darwin e Haeckel. Além das palavras do amigo Virgílio Várzea: “Distinguiu-se acima de todos os seus condiscípulos”, Cruz e Sousa mereceu elogios de Fritz Müller, para quem a inteligência do jovem negro era a prova de que suas opiniões anti-racistas estavam corretas.
1881: Funda, com Virgílio Várzea e Santos Lostada, o jornal Colombo, no qual proclamavam adesão à Escola Nova (que era o Parnasianismo). Parte para uma viagem pelo Brasil, acompanhando a Companhia Dramática Julieta dos Santos, na função de ponto. Realiza conferências abolicionistas em várias capitais. Lê Baudelaire, Leconte de Lisle, Leopardi, Guerra Junqueiro, Antero de Quental.
1884: O presidente da província, Dr. Francisco Luís da Gama Rosa, nomeia Cruz e Sousa Promotor de Laguna. O poeta não pôde tomar posse do cargo, pois a nomeação fora impugnada pelos políticos locais. 
1885: Publica Tropos e Fantasias, em colaboração com Virgílio Várzea. Dirige o jornal ilustrado O Moleque, cujo título provocativo revela o caráter crítico e contundente das idéias veiculadas. Tal jornal era francamente discriminado pelos círculos sociais da província.
1888: A convite do amigo Oscar Rosas, parte para o Rio de Janeiro. Durante os oito meses de permanência no Rio, conhece o poeta Luís Delfino, seu conterrâneo, e Nestor Vítor, que seria o grande amigo e divulgador de sua obra. Lê Edgar Allan Poe e Huysmans, entre outros.
1889: Retorna a Desterro, por não ter conseguido colocação no Rio de Janeiro. Lê Flaubert, Maupassant, os Goncourt, Théophile Gautier, Gonçalves Crespo, Cesário Verde, Teófilo Dias, Ezequiel Freire, B. Lopes. Inicia a conversão ao Simbolismo.
1890: Vai definitivamente para o Rio de Janeiro, onde obtém emprego com a ajuda de Emiliano Perneta. Colabora nas revistas Ilustrada e Novidades.
1891: Publica artigos-manifestos do Simbolismo, na Folha Popular e em O Tempo. Pertence ao grupo dos “Novos”, como eram chamados os “decadentes” ou simbolistas.
1882: Vê pela primeira vez Gavita Rosa Gonçalves, também negra, em 18 de Setembro. Colabora em A Cidade do Rio, de José do Patrocínio.
1893: Publica Missal (poemas em prosa) em Fevereiro, e Broquéis (poemas), em Agosto. Dia 09 de Novembro, casa-se com Gavita. É nomeado praticante e, posteriormente, arquivista da Central do Brasil.
1894: Nasce Raul, seu primeiro filho, a 22 de Fevereiro.
1895: recebe a visita do poeta Alphonsus de Guimaraens, que viera de Minas Gerais especialmente para conhecê-lo. A 22 de Fevereiro, nasce seu filho Guilherme.
1896: Em março, sua esposa Gavita apresenta sinais de loucura. O distúrbio mental durou seis meses.
1987: Evocações (poemas em prosa, que seriam publicados postumamente) encontra-se pronto para o prelo. Nasce Rinaldo, seu terceiro filho, a 24 de Julho. Ano de sérias dificuldades financeiras e de comprometimento da saúde.
1898: Morre a 19 de Março, em Sítio (Estado de Minas Gerais), para onde partira três dias antes, na tentativa de recuperar-se de uma crise de tuberculose. Tinha 37 anos. Seu corpo chega ao Rio de Janeiro num vagão destinado ao transporte de cavalos. José do Patrocínio encarrega-se dos funerais. O enterro realiza-se no Cemitério de S. Francisco Xavier, tendo o amigo fiel, Nestor Vítor, discursado ao túmulo. Publicação de Evocações. Nasce-lhe o filho póstumo, João da Cruz e Sousa Júnior, dia 30 de Agosto, que morreria em 1915, aos 17 anos. (Seus outros três filhos morreriam antes de 1901, ano em que morreu sua esposa Gavita). Em 1900, dá-se a publicação de Faróis, coletânea organizada por Nestor Vítor.


13 de maio de 2010

Paint a Future 2010

De 13/05 a 06/06/2010 no Museu Histórico de Santa Catarina.

Exposição coletiva que reúne artistas de diversas nacionalidades num único propósito, que é para promover o bem-estar de crianças carentes ao redor do mundo, levando a arte como instrumento para a realização dos sonhos dessas crianças.

O Projeto Paint a Future, criado em 2003 pela artista plástica holandesa Hetty van der Linden, já percorreu Chile, Croácia, Argentina, Marrocos, Bulgária, Moldávia, Madagascar, Peru e Brasil.

Os artistas desenvolvem trabalhos a partir de desenhos feitos por crianças de comunidades de baixa renda. No papel, a criança projeta seu sonho, por meio de um desenho. Essa imagem viaja pelo mundo todo até encontrar o artista que incorpora o desenho-sonho em sua obra de arte.

A renda obtida com os quadros é revertida, integralmente, em benefício à respectiva criança da qual a obra se originou. O projeto já materializou sonhos com a construção de áreas de lazer, casas, creches, fornecimento de cursos de informática, atendimento dentário, alimentação e até a aquisição de um ônibus-galeria, que circula por toda a Europa com exposições de arte itinerante.

A encantadora premissa do projeto está formando uma rede solidária por todo o mundo. Além dos artistas, também colaboram pessoas e empresas seja financeiramente, com sua criatividade, seu conhecimento ou seu trabalho sempre com o objetivo de promover um mundo melhor.


12 de maio de 2010

Bando mobilizado!

O Bando está feliz com o convite!!!

Já contamos com 27 adesões!

Assim que o grupo estiver definido, colocaremos aqui a lista dos Bandoleiros que participarão da "invasão" do Jardim do Museu Histórico de Santa Catarina.

Será uma experiência maravilhosa levar os "guardados" para o Jardim do Museu Histórico.

Um novo espaço, novas relações... outras interpretações ...

6 de maio de 2010

Inaugurado o Memorial Cruz e Sousa

Florianópolis, 5 de maio de 2010.

Acontece na quinta-feira (06/05) às 16:30, a cerimônia de inauguração do Memorial Cruz e Sousa no Museu Histórico de Santa Catarina, no Centro de Florianópolis.

A inauguração do espaço é uma ação conjunta da SOL (Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte), FCC (Fundação Catarinense de Cultura) e Museu Histórico de Santa Catarina e abrigará os restos mortais do famoso poeta catarinense, além de sediar um cafeteria que conta com espaço para leitura.

A arquitetura do memorial contrasta com do museu, mas segue critérios internacionais de arquiteturas históricas, que dá conta que obras desta natureza devem seguir a arquitetura da época em que foi construída, embora a edificação seja integrada ao atual desenho dos jardins revitalizados do antigo Palácio, compondo o conjunto de forma harmônica e complementar.

A instalação da cafeteria nos jardins do palácio atende a uma antiga reivindicação de visitantes e freqüentadores do Museu e Centro Histórico de Florianópolis, contribuindo para a revitalização urbana da área.

Com a transferência dos restos mortais de João da Cruz e Sousa do cemitério São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro, para Florianópolis, em novembro de 2007, a escolha de um local para abrigar um Memorial em sua homenagem logo recaiu sobre o Palácio Cruz e Sousa.

Tombado como patrimônio histórico do Estado em 1984, o edifício sede do Museu Histórico de Santa Catarina recebeu este nome em 1979, em homenagem ao poeta simbolista nascido em Desterro.

Mais informações:

Susane Simon, Administradora MHSC
Fone: (48) 3028-8090
E-mail: mhsc@fcc.sc.gov.br


Fonte: http://deolhonailha.wordpress.com/2010/05/05/nesta-quinta-feira-e-inaugurado-o-memorial-cruz-e-souza-historia-florianopolis/